Os Condenados

Jack Conrad está no corredor da morte, esperando sua execução em uma prisão da América Central, quando um produtor de televisão o compra e o leva para uma remota ilha. Lá, Jack e outros nove prisioneiros devem lutar entre eles até a morte e o único sobrevivente tem como prêmio a sua liberdade. O produtor planeja transmitir o evento ao vivo e sem censura pela Internet.

Reviews e Crítica sobre Os Condenados

The Condemned é o mais recente filme de ação do diretor Scott Wiper. É também um substantivo que descreve os pobres espectadores que acabam presos em um cinema exibindo este filme. Em princípio, sou totalmente a favor de filmes de ação de tirar o fôlego que servem um quinto de violência gráfica com um caçador de adrenalina. Há um público para eles e eles preenchem um nicho. Se bem elaborados, eles também podem ser muito divertidos. “Bem elaborado”, no entanto, não é uma descrição precisa para The Condemned . Nem são “bem escrito”, “bem atuado” ou (talvez surpreendentemente) “bem ritmado”. Na verdade, embora se possa esperar razoavelmente que o roteiro seja malfeito e as atuações sejam cobertas de queijo, o que mata The Condemned é que há trechos em que ele se torna tedioso e insuportavelmente autoimportante. Há até uma cena final em que o filme se torna enfadonho .

Ian Breckel (Robert Mammone) é um gênio maligno da Internet. Ele tem um conceito imperdível – deixar dez condenados à morte em uma ilha, fazê-los lutar como gladiadores e dar ao último homem de pé seus papéis de demissão. Toda a ação será transmitida ao vivo pela Internet. Por US$ 50 cada, qualquer um pode ter acesso a um filme snuff de reality show. O FBI não gosta da ideia, mas não pode impedi-lo porque não sabe onde fica a ilha. Alguns dos companheiros de Breckel têm ataques de consciência, mas a atração de obter uma parte do pote de dois bilhões de dólares é tentadora demais para ignorar.

A maioria dos assassinos são personalidades comuns e não deveriam ser nada mais. As exceções são Jack Conrad (Steve Austin), um heróico ex-agente dos Serviços Especiais, e Ewan McStarley (Vinnie Jones), um sádico que poderia até jogar o jogo se não precisasse. No final das contas, quando os outros personagens padrão foram eliminados de forma previsível, são esses dois um contra o outro. A única coisa que nos impede de aproveitar seu clímax de conflito um contra um é a câmera, que sofre um ataque epilético sempre que há uma sequência de ação.

The Condemned é um filme pornô com a violência substituindo o sexo. Há dois grandes problemas, no entanto – muita tagarelice entre as cenas de luta e um cineasta que acredita que a melhor maneira de filmar a ação é torná-la impossível de assistir. Quase todo conflito violento é filmado com uma câmera portátil que gira e gira para frente e para trás. Vemos que as pessoas estão se espancando e de vez em quando temos uma noção de quem é quem, mas, na maioria das vezes, temos que esperar a luta acabar para descobrir o que aconteceu. A edição agrava o problema cortando a cada segundo ou mais.

O diretor Wiper não está satisfeito em fazer um filme de exploração. Para isso, ele incorpora Drama e uma Moral. Então descobrimos que nosso homem Jack foi abandonado pelo exército dos EUA e tem uma namorada mesquinha esperando por ele na fazenda. (Ela assiste à competição em um bar onde sorri esperançosa quando ele mata um bandido, então rasga cada música que parece ter sido morto.) Enquanto isso, The Condemned vem armado com uma Mensagem: os consumidores amam a violência. Pessoas como o odioso Breckel não seriam capazes de ficar podres de ricas se os espectadores não se aglomerassem em massa para coisas como essa. O poço secou nesse tema. Anos atrás, poderia ter sido considerado instigante; hoje, é banal. Sua inclusão, no entanto, faz o filme parecer autoimportante, como se fosse bom demais para mostrar apenas um monte de cenas de luta. Também mata o ritmo, arrastando as coisas para uma duração inaceitável.

Não vou comentar sobre a atuação, exceto para dizer que Stone Cold Steve Austin tem presença na tela. Não há dúvida de que ele, como o Rock, tem potencial para herói de ação – ele só precisa encontrar um veículo melhor. Com base nas evidências em The Condemned , é impossível dizer se ele consegue ou não entregar diálogos. Além de uma frase ocasional, seu personagem não tem muito a dizer. Ele é do tipo forte e silencioso. O resto do elenco deve receber algum grau de crédito por lutar com alguns dos diálogos mais fracos deste lado de um filme pornô.

É tentador argumentar que uma versão reeditada de The Condemned , apresentando a remoção das subtramas tediosas e que desperdiçam tempo (a briga dos subordinados de Breckel, a história de amor e o torcer de mãos do FBI), pode resultar em entretenimento irracional e movido a testosterona, mas ainda há o problema do trabalho de câmera. E isso levanta uma questão fundamental: pode-se dizer que um filme de ação entrega se as cenas de luta são tão mal fotografadas que você não consegue acompanhá-las? Da minha perspectiva, a resposta é um sonoro “não” e isso significa que não há razão concebível para assistir a este filme, mesmo que você seja um fã ferrenho de Six Million Dollar Man.

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